Quarta-Feira de Cinzas
A quarta-feira de cinzas é um símbolo do dever da conversão e da mudança de vida, para recordar a fragilidade da vida humana, sujeita à morte. A data marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa. Para os antigos judeus se sentar sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. Neste dia, após a Liturgia da Palavra, em que se proclama o trecho do Evangelho em que Cristo recomenda a oração, o jejum e a esmola como exercícios de conversão (cf. Mt 6,1-18) realiza-se o rito da imposição das cinzas.
As Cinzas bentas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando que estamos sujeitos à morte. No gesto de imposição das cinzas sobre a cabeça das pessoas, o sacerdote ou o ministro diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. A conversão consiste em crer no Evangelho. Crer é aderir a ele, viver segundo os ensinamentos de Jesus.
Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó, e ao pó voltará. (cf. Gn 3, 19).
Na quarta-feira de cinzas, é obrigatória a prática de Jejum e Abstinência, conforme quadro abaixo:
JEJUM | ABSTINÊNCIA |
Apenas 1 refeição completa | Não comer carne de animais de sangue quente (boi, porco, aves, etc) |
Se necessário, fazer 2 refeições pequenas ao longo do dia | Os caldos dessas carnes também não são permitidos |
Para homens e mulheres entre 18 e 59 anos | Para homens e mulheres a partir dos 14 anos |
Estão dispensados: doentes, grávidas e trabalhadores com árduo trabalho braçal ou intelectual | Estão dispensados: doentes, grávidas e pobres que receberem carne como esmola |
As cinzas usadas nesse dia são originadas pela queima das palmas usadas na procissão de Ramos do ano anterior. Elas fazem uma alusão ao Cristo vitorioso sobre a morte. A palma é símbolo de vitória e de triunfo. Quando os cristãos aceitam reconhecer sua condição de criaturas mortais, e se deixam transformar em pó, ou seja, passar pela experiência da morte, a exemplo de Cristo, através da renúncia de si mesmos, permitem também participar da vida que ressurge das cinzas.